terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

parte 2*


(...) era o meu pai,

com uma senhora belíssima que tinha uns cabelos alourados muito bonitos também, e estavam aos beijos.

Levei a minha mão à cabeça e sem pensar, perguntei agitadamente:

- pai, o que é suposto estar a acontecer aqui?
- Maria, tu estás a brincar comigo? que estás aqui a fazer?
- Como és capaz de me perguntar isso? depois de eu me ter chateado com a mãe, ter deixado de falar com ela por tua causa, por confiar em ti e nos teus actos responsáveis como homem, actos responsáveis ahahah - forçei-me a um riso irónico - tu ainda és capaz de sair a meio da noite pra vir ter com a tua amante!

«Prás», ouviu-se um estrondo, o meu pai dera-me um estalo com alguma da força que eu desconhecera, e aí percebi, ele deixou de ser o sr. Mário que eu tinha como pai.

- Mário, estás maluco? A miúda de certa forma tem razão. - A suposta má da fita a dar-me razão, estranho.

- Ouviste o que ela disse? achas que a miúda tem alguma coisa a ver com a minha vida? é minha filha, não minha mãe, e se quer ir ter com a mãe que vá já devia ter ido à bastante mais tempo! - disse num tom frio e completamente cruel.

As lágrimas começaram a escorrer-me pela cara abaixo sem que eu as pudesse impedir de alguma forma, saí daquele sitío a correr e só parei quando tive a certeza que não poderia ver aquele homem novamente.
Encostei-me a um muro, e começei a deslizar até o meu rabo tocar no chão, levei a cabeça aos joelhos e continuei a chorar, mas cada vez mais. Não sabia mesmo o que pensar.

Estava frio e eu tinha medo, mas não tanto como tinha de acreditar que pudesse ser verdade que o meu pai me acabara de abandonar, foi completamente triste.

Todos os meus pensamentos se deixaram levar pelo vento, quando na sombra da noite naquele local húmido ccomeçei a ouvir uns passos que davam a entender ser apressados e preocupados (...)



(continua, completamente inventado.)

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