terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

parte 2*


(...) era o meu pai,

com uma senhora belíssima que tinha uns cabelos alourados muito bonitos também, e estavam aos beijos.

Levei a minha mão à cabeça e sem pensar, perguntei agitadamente:

- pai, o que é suposto estar a acontecer aqui?
- Maria, tu estás a brincar comigo? que estás aqui a fazer?
- Como és capaz de me perguntar isso? depois de eu me ter chateado com a mãe, ter deixado de falar com ela por tua causa, por confiar em ti e nos teus actos responsáveis como homem, actos responsáveis ahahah - forçei-me a um riso irónico - tu ainda és capaz de sair a meio da noite pra vir ter com a tua amante!

«Prás», ouviu-se um estrondo, o meu pai dera-me um estalo com alguma da força que eu desconhecera, e aí percebi, ele deixou de ser o sr. Mário que eu tinha como pai.

- Mário, estás maluco? A miúda de certa forma tem razão. - A suposta má da fita a dar-me razão, estranho.

- Ouviste o que ela disse? achas que a miúda tem alguma coisa a ver com a minha vida? é minha filha, não minha mãe, e se quer ir ter com a mãe que vá já devia ter ido à bastante mais tempo! - disse num tom frio e completamente cruel.

As lágrimas começaram a escorrer-me pela cara abaixo sem que eu as pudesse impedir de alguma forma, saí daquele sitío a correr e só parei quando tive a certeza que não poderia ver aquele homem novamente.
Encostei-me a um muro, e começei a deslizar até o meu rabo tocar no chão, levei a cabeça aos joelhos e continuei a chorar, mas cada vez mais. Não sabia mesmo o que pensar.

Estava frio e eu tinha medo, mas não tanto como tinha de acreditar que pudesse ser verdade que o meu pai me acabara de abandonar, foi completamente triste.

Todos os meus pensamentos se deixaram levar pelo vento, quando na sombra da noite naquele local húmido ccomeçei a ouvir uns passos que davam a entender ser apressados e preocupados (...)



(continua, completamente inventado.)

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Começo de uma história.


- Eram duas da manhã,

Começei a sentir-me vagamente farta de estar em casa vestida como uma vagabunda a comer esfomeadamente tudo o que aparecia à frente destes olhos escuros, estes que anseiam alguma aventura.
Meti-me na casa de banho e, despi o pijama azul bebé que me aquecia e começaram os trimeliques do costume. Estava cheia de frio mas lá me meti debaixo do chuveiro e tomei um duche rápido.
Vesti as minhas calças preferidas, as pretas justinhas que a minha prima me ofereçera, e de seguida vesti uma camisola de seda vermelha que eu especialmente adorara.
Agora restara o mais difícil, para onde ir...
Depressa saí de casa sem que o meu pai se apercebesse, e para ele podem crer que isto era considerado um pleno acto de loucura, enfim, pais.
Lá fui eu pela rua fora, sozinha, quando olhei para uma montra que dizia "empregado, precisa-se" e pensava eu que estas placas apenas se encontravam nos filmes. Bem, o que não quer dizer que a minha vida não seja um filme, porque é. Depressa me vão perceber e ver o que fiz com esta placa.
Continuei o meu caminho e entrei no primeiro bar que os meus olhos enfrentaram, chamava-se, irónicamente, "o primeiro."
O pior foi o que, ou melhor dizendo QUEM eu vi quando o meu pé direito se atreveu a entrar naquele estranho bar
(...)
(Continua, completamente inventado.)